terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Encrenca poética


Adão Almeida 
Vou apresentar agora 
Minha amiga pipira,
Ela tem os pés de elefante.
E o fedor do mambira,
As orelhas são de caburé
E os cabelos de embira.
 
Lusa Silva 
Também quero apresentar!
O meu amigo sibito:
o bicho igual um gambá 
E berra como cabrito 
Além do bucho quebrado 
Tem as pernas de palito.
 
Adão Almeida 
Eu queria te avisar,
Porém fiquei inibido!
Envergonhada é uma pamonha ,
Também é feia de vestido!
Não sei como essa assombração 
Conseguiu arrumar marido.
 
Lusa Silva 
É? Esse Adão além de feio,
É cego e desinformado!
Só sabe falar asneiras 
Vive desorientado 
E quando veste o FARGÃO 
Parece um grilo fardado.
 
Adão Almeida 
 Essas suas palavras 
Tem mais para delírio!
Além de cega é doida  
Vai ter que ir pro asilo.
Para as fãs eu sou galã
Um dos melhores colírio.
 
Lusa Silva 
Hoje tu vai sair daqui
Com tuas fuças quebradas
Para aprender respeitar
Uma nordestina arretada!
 Só assim tu enxergas
Que sou bela e cobiçada.
 
Adão Almeida 
Cobiçada por quem?
Deixe de gabolação 
Tu não parece mulher
E sim com um travecão
Não minha terra tu não serve 
Nem de bucha de canhão.
 
Lusa Silva 
Respeite eu e a plateia!
Retire esse verso indecente.
Se você está sem assunto 
Pegue o beco e siga em frente,
Engula seus palavrões 
Deixe de ser prepotente!
 
Adão Almeida 
Respeito sim a plateia 
Por quem tenho admiração.
Você merece socos e golpes,
Porque mexeu com Adão!
Pelo menos você aprendeu 
Um pouquinho da lição.
 
Lusa Silva 
Estes socos e golpes 
Vão pras fuças de Adão!
Pra ver se ele aprende,
Pelejar com educação.
Pois fazer cordel com ética,
Será sua melhor lição.
 
Adão Almeida 
Notei que está correndo 
Por falta de opção 
Está repetindo versos 
Do poeta do povão 
Peleja  só tem graça 
Se rolar uma confusão.
 
Lusa Silva 
És um besta atordoado
Que gosta de pegar carão!
Só destampa os ouvidos,
Quando toma um supetão!
Assim mesmo só sossega,
Com panada de facão!


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