Concurso de Blog

Em meio a concorrência 

Meu blog é uma formosura,

Garanto vou caprichar 

No design e na lisura 

Digo com toda franqueza.

Não gosto de dá moleza,

Nem sou de fazer feiura!

Bertin Di Carmelita & Lusa Silva

Lusa Silva

Nem se meta a pelejar

Com nordestina valente!

Pois meu sistema é bruto,

Quando o assunto é repente

Aonde eu chego andando

Tu não chegas nem voando

É bom que fique ciente.

                                 

Bertin Di Carmelita

Na peleja sou ciente,

Pois aprendi desde menino

Se seu sistema é bruto

O meu sistema é granfino

Chego de cavalo ou avião

Com meu chapéu e gibão

Trajes de bom nordestino. 

Betim D. Carmelita & Lusa Silva

Lusa Silva

Nem se meta a pelejar

Com nordestina valente

Pois meu sistema é bruto

Quando o assunto é repente

Aonde eu chego andando

Tu não chegas nem voando

É bom que fique ciente.

                                 

Betim D Carmelita

Na peleja sou ciente

Pois aprendi desde menino

Se seu sistema é bruto

O sistema é granfino

Chego de cavalo ou avião

Com meu chapéu e gibão

Trajes de bom nordestino.

Lusa Silva

Se seu sistema é granfino

O meu é de gente valente

E quando assunto e rima

Ando rápido e chego rente

Sou à força do bom refrão

E nem que venha de avião

Jamais me vence em repente.

Betim D Carmelita

Repente é a arte do improviso

Que muita gente entende mal

Escreve e depois fala

Parece mais um jogral

Se quiser me enfrentar testa a testa

Será uma grande festa

Tenho versos no juízo, como letras no jornal.

Lusa Silva

Nem pensa que é com fobas

Que consegue me afrontar

Só saberei se é verdade

Na hora eu que te encontrar

Pois se tens versos na mente

É bom que já fique ciente

Sou fera em arte de pelejar.

Betim D Carmelita

Se quiser fazer peleja

Que seja escrita ou cantada

No coco de roda ou aboio

E no coco de embolada

Mas, não fale em repente

Porque você mexe com serpente

Da rima e da toada.

Lusa Silva

Estás sonhando alto demais

Mas prove que estou enganada

E até pago pra ver você

Ao vivo fazendo embolada

Garanto que vou aplaudir

E se um dia tu conseguir

Eu digo que estou trocada.

 Betim D Carmelita

Dos cordelistas daqui

Pelo menos os que conheço

Tiro o meu chapéu pra você

A quem tenho muito apreço

Igual a você aqui não tem

Digo por que sei muito bem

Eles não acham, nem seu endereço.  

Lusa Silva  

Mudou o tom da conversa

Ou será que estou enganada?

Mas macaca não põe a mão

Em uma cumbuca furada

E quando estou pelejando

Fico esperta e observando

Para não cair em uma cilada.

Betim D Carmelita

Eu aceito o desafio

Pra com você disputar

Tem que ser no improviso

Sem para um papel olhar

Tudo na hora, de verdade repente

Sendo assim fico contente

Vou realmente rimar. 

  

    Lusa Silva  

O convidei pra fazer peleja

E isto não vai me intimidar

Não mude o rumo da prosa

Querendo me desafiar

Nunca disse que sou repentista

Tu sabes que sou cordelista

Mas não na arte de improvisar

Betim D Carmelita:    

Não pode ser decorado

O tema se pede na hora

Para a plateia presente

Enquanto um rir o outro chora

Dizendo o que vou fazer

Só se rimar se escrever

O que é que vou fazer agora.

Lusa Silva      

Não quero lhe ofender

E nem tiro sua razão

Também admiro o improviso

E da arte do bom refrão

Mas quero que fique ciente

Que a peleja aqui é diferente

Daquelas do nosso torrão.   

Betim D Carmelita                      

A peleja pode existir

Do jeito que você quiser

Porém não fale em repente

Porque repente não é

Mande o mote

Solte o tema

Sou pronto pro que vier.

Lusa Silva

O repente nem sempre

É a arte de improvisar

Mas no cordel certamente

Ele vai predominar

Na peleja será aceito

Independente do jeito

Que você queira pelejar.

Betim D Carmelita                     

Não estou pedindo arrego

E nem fugindo da raia

Eu vou do cais ao sertão

Rimar é minha praia

É que não quero ser melhor do que ninguém

E tudo que me convém

É que de fininho eu saia.

Lusa Silva

Espere um pouquinho aí.

A peleja não finda assim,

Então peço que não saia

Daqui com raiva de mim

Gostei muito deste tandel,

Garante que tiro o chapéu

Pra você, poeta Bertin!

Devaneios

Caboclo sem terra lutou bastante

Pra ganha um pedacinho de chão.

Ganhou, mas não foi perseverante,

Homem com terra, sem condição.

Procurou ajuda do governo federal

E logo viu seu projeto ser aprovado

Ficou rico fez planos fora do normal

 Comprou duas vacas, ficou animado.

Adquiriu um som e montou um bar

E agora todo dia ele fazia uma festa

Tudo era um motivo pra comemorar.

A caçula dos sete filhos aniversariou

Ele trocou uma vaquinha por cerveja

Matou outra fez festa e churrasqueou.

Lusa Silva😜

Eu, menina!?

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Meu Deus que tempinho bom...

Ai, como são boas as lembranças

Fervilha tudo na minha memória

Apesar do tempo e da distância

Saudades de minha Terra natal

Voltar lá é sonho, tenho esperança.

Cacimba de Areia

E finalmente eu cheguei
Em minha linda cidade
Vocês nem imagina
o tamanho da minha felicidade 

Olhando um pouquinho de longe
Encantei-me com tanta beleza
Aos meus olhos é a paisagem
Mais linda de toda a redondeza.

Esta casinha abandonada
Pertenceu ao meu saudoso avô
Para muitos não vale nada,
Mas pra mim tem muito valor
 

Daqui tenho bos lambenças
 Hoje só resta este pedregulho,
Mas aqui em minha infância
Dei os melhores mergulhos

Cedinho embarquei neste
peguei  carona num pau de arara
belo pau de arara

 da meninaFui pedir uma bênção
Pois sou uma religiosa
Fiz a minha devoção.

Atitudes

 

Vivenciamos momentos

De grandes transformações

E sempre nos deparamos

Com diferentes situações,

Tudo só nos evidencia

A uma busca por melhorias,

Das ideias e das ações.

Círio

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Seguir rezando é o nosso ofício,
É penitência sem dor ou suplício.

É expressão de amor, devoção e fé

Que faz seguir a virgem de Nazaré.

Segurar neste teu cordão umbilical

Pés descalços é um gesto angelical,

É sentir o calor dos braços da virgem

Ali corpos juntos flutuam, transigem.

Seguir rezando nesta corda de sisal

É um ato de amor a mãe de Jesus.

Só a fé move este incansável ritual

Que seja por promessas ou gratidão

Pedindo, recebendo ou agradecendo

Assim perpetuar-se-á esta devoção.

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💓😍

  Silva, Lusa         

  Poema publicado no Livro:

 Um Mix de poesias/Lusa Silva - Belém - Pará - Cromos.2016.

             p 9. 

     Veja mais 👉 imagens do círio      

As proezas do meu avô

Vô Bié e Ritinha sua mulher

Velho honesto e trabalhador...

Mas era ignorante igual seu Lunga

Zombava do curandeiro ao doutor

Fazia só o que bem lhe convinha

Na arte da teimosia era professor.